Importância
A Indústria da Construção Civil é uma atividade econômica que envolve
tradicionais estruturas sociais, culturais e políticas. É nacionalmente
caracterizada por apresentar um elevado índice de acidentes de trabalho, e está
em segundo lugar na freqüência de acidentes registrados em todo o país. Esse
perfil pode ser traduzido como gerador de inúmeras perdas de recursos humanos e
financeiros no setor.
Os acidentes de trabalho têm sido freqüentemente associados a patrões
negligentes que oferecem condições de trabalho inseguras e a empregados
displicentes que cometem atos inseguros. No entanto, sabe-se que as causas dos
acidentes de trabalho, normalmente, não correspondem a essa associação, mas sim
às condições ambientais a que estão expostos os trabalhadores e ao seu aspecto
psicológico, envolvendo fatores humanos, e sinistros.
Normas e Regulamentos
Normas e Regulamentos
A segurança e a saúde do trabalho na área da construção civil baseiam-se
em normas regulamentadoras descritas na Portaria 3214/78 do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).
Entre essas normas, a NR-18 estabelece diretrizes administrativas, de
planejamento e de organização para implementar medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de
trabalho na indústria da construção, além de determinar a elaboração do
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(Pcmat).
A elaboração e o cumprimento do Pcmat são obrigatórios em
estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores. As empresas que possuem menos de
20 trabalhadores ficam obrigadas a elaborar o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA).
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA):
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA):
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve conter alguns aspectos
da Norma Regulamentadora (NR-4, NR-5, NR-6, NR-7 e NR-9).
NR-4: rege os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho.
NR-5: diz respeito à criação da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, CIPA, para segurança e saúde do trabalhador no ambiente de trabalho.
Todas as empresas que possuam empregados com atividades em um canteiro de obras
devem possuir CIPA.A comissão CIPA pode ser formada de várias maneiras. São elas:
1. CIPA centralizada: quando a empresa possui num mesmo município um ou
mais canteiros de obras ou frentes de trabalho com menos de setenta empregados.
2. CIPA por canteiro: quando a empresa possui um ou mais canteiros ou
frentes de trabalho com setenta ou mais empregados.
3. CIPA provisória: para o caso de canteiro cuja duração de atividades
com menos de 180 dias
NR-6: dita sobre Equipamentos de Proteção Individual, sua importância
para neutralizar possíveis acidentes contra o corpo do trabalhador, evitar
lesões ou minimiza a gravidade delas, além de proteger o corpo contra os
efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam doenças
ocupacionais.
NR-7: diz respeito ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
que torna obrigatório a elaboração e implementação de Programa de Controle, por
parte de todos os empregadores e instituições, para promoção e preservação da
saúde dos trabalhadores.
NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que busca a
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais
(agentes físicos, químicos e biológicos) do ambiente de trabalho.
Dados Alarmantes
Dados Alarmantes
Na Indústria da Construção ocorre alta incidência de acidentes de
trabalho e particularmente dos acidentes graves e fatais. No Brasil, mantém
elevados índices de ocorrências, perdendo apenas para o setor rural.
No mundo inteiro, a maior causa de acidentes
fatais na construção é a queda de trabalhadores e também de material sobre os
funcionários. O segundo fator são os choques elétricos e o terceiro,
soterramentos.
Apesar de as estatísticas nos mostrarem indicadores úteis para a avaliação do estado atual dos acidentes e mortes por trabalho, o seu valor é por vezes relativo. É necessário, sem dúvida, inspecionar e processar quem não cumpre a legislação vigente, mas é também necessário prevenir e informar – levar a cabo algum tipo de ação punitiva sem que tenha havido uma prevenção ou (in)formação prévia leva a que haja maior número de infrações, o que se revela ainda mais penalizador para as empresas e, também, para os próprios trabalhadores. Mas a responsabilidade não é apenas dos empregadores, passa também pelos trabalhadores, pelo Governo e pelos parceiros sociais. Os empregadores deveriam garantir boas condições de trabalho a todos os seus colaboradores, cumprindo a legislação em vigor, formando os trabalhadores e colocando à sua disposição os equipamentos e meios necessários para que pudessem desempenhar as suas funções em segurança. Os próprios trabalhadores, ao não terem essas boas condições de trabalho deveriam exigi-las, tarefa em que os parceiros sociais os deveriam auxiliar.
Fonte: <http://blogdopetcivil.com/2010/10/28/seguranca-no-trabalho-na-construcao-civil-parte-i/>
Apesar de as estatísticas nos mostrarem indicadores úteis para a avaliação do estado atual dos acidentes e mortes por trabalho, o seu valor é por vezes relativo. É necessário, sem dúvida, inspecionar e processar quem não cumpre a legislação vigente, mas é também necessário prevenir e informar – levar a cabo algum tipo de ação punitiva sem que tenha havido uma prevenção ou (in)formação prévia leva a que haja maior número de infrações, o que se revela ainda mais penalizador para as empresas e, também, para os próprios trabalhadores. Mas a responsabilidade não é apenas dos empregadores, passa também pelos trabalhadores, pelo Governo e pelos parceiros sociais. Os empregadores deveriam garantir boas condições de trabalho a todos os seus colaboradores, cumprindo a legislação em vigor, formando os trabalhadores e colocando à sua disposição os equipamentos e meios necessários para que pudessem desempenhar as suas funções em segurança. Os próprios trabalhadores, ao não terem essas boas condições de trabalho deveriam exigi-las, tarefa em que os parceiros sociais os deveriam auxiliar.
Fonte: <http://blogdopetcivil.com/2010/10/28/seguranca-no-trabalho-na-construcao-civil-parte-i/>
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