sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lente de contato consegue transformar seu olho em um "telescópio"


Lente de contato consegue transformar seu olho em um

Um grupo de pesquisadores norte-americanos e suíços desenvolveu uma lente de contato que mais parece um telescópio que pode ser usado nos olhos. O objetivo é ajudar idosos que sofrem com problemas degenerativos no globo ocular, o que gera uma perda gradual de visão conforme a pessoa envelhece.
A lente desenvolvida por eles pode ser usada por aquelas pessoas que não conseguem mais utilizar óculos ou por quem as lentes de contato comuns não fazem mais nada. Assim, esse novo dispositivo poderia ampliar a visão dos pacientes como se fosse um verdadeiro telescópio acoplado aos olhos, aproximando imagens. Ele inclusive pode ser ativado ou desativado pelo usuário.
Isso é possível por conta do cristal líquido no interior das lentes de apenas 1 milímetro de espessura. Dessa forma, quando as moléculas estão ajustadas em uma orientação específica, elas conseguem captar mais luz e direcioná-la para pontos da retina que ainda estão saudáveis. O contrário também é possível, desativando completamente o efeito da lente.
Ao que parece, a lente seria feita sob medida para uma pessoa, podendo ser apenas “ligada” ou “desligada”. Além do mais, como o produto é novo e ainda está recebendo ajustes, não há uma previsão certa de quando isso poderá ser comercializado e de fato ajudar pessoas pelo mundo.

No Brasil 15% da energia é desperdiçada antes mesmo de chegar aos consumidores


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Quinze em cada 100 quilowatts de energia produzida no Brasil perde-se entre a geração e o consumo, de acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Parte da explicação para esta porcentagem elevada está no chamado “gato”, ou seja, o desvio de energia através de instalações irregulares, o que levou o CGEE a lançar um estudo sobre a utilização de redes inteligentes (smart grids) para gerir a geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.
Com as smart grids, explica Ceres Cavalcanti, assessora do CGEE, a tecnologia pode informar em tempo real essas perdas energéticas – e preparar a suspensão do fornecimento. “Quando a energia se perde, seja lá por que motivo for, ligamos para a concessionária. Com as smart grids isso passa a ser automático, não precisamos de o fazer. [As concessionárias] conseguirão ter mais informação para pode prestar o melhor serviço ao seu mercado e aos seus clientes”, revelou Cavalcanti à revista Exame .
As redes inteligentes também permitem que o consumidores controlarem os seus gastos diariamente. Quando as tarifas bi-horárias e tri-horárias forem introduzidas no Brasil, estes medidores domésticos permitirão informar quanto está sendo gasto a cada momento do dia – e os respectivos preços. Isso possibilitará aos consumidores o controle da sua eficiência energética.
Hoje a informação do sistema elétrico é direcional. Com as smart grids passa a ser bi-direcional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter vários tipos de serviço”, concluiu a responsável.
Os consumidores brasileiros estão consumindo, em média, mais 5% de energia a cada ano que passa, um crescimento acima do PIB (Produto Interno Bruto).

Antiga estátua egípcia é filmada se movendo


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Um grande mistério tem rondado o Museu de Manchester, na Inglaterra. Uma estátua egípcia de 25 centímetros de altura tem se mexido dentro de seu vidro e, por isso, tem despertado a curiosidade dos diretores do local.
A estatueta, de uma personalidade chamada Neb-Senu, girou cerca de 180 graus num vitral lacrado. “Eu percebi um dia que ela se moveu. Eu achei aquilo estranho porque ela está numa caixa de vidro e eu sou o único que tem a chave”, disse Campbell Price, curador do Museu Manchester, ao Manchester Evening News.
Price acrescentou: “Eu a coloquei de volta na posição original, mas no dia seguinte ela havia se movido novamente. Então, instalamos uma câmera de lapso-temporal e, embora não possamos ver o movimento a olho nu, no vídeo podemos ver claramente o giro.”
Campbell Price, que é egiptólogo do museu, acredita que forças do passado estão agindo na estátua.
“No Egito Antigo eles acreditavam que se a múmia é destruída então a estatueta pode servir como um veículo alternativo para o espírito. Talvez isso é o que esteja causando o movimento”, afirma ele ao canal History Channel.
Mais cético, o professor de física Brian Cox, da Universidade de Manchester, acredita que uma diferença de fricção de materiais poderia estar causando o movimento, sem nada de espíritos do passado.
Veja o vídeo abaixo e deixe sua opinião nos comentários:

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Uma estadia num tubo de concreto


Há 45 minutos, ao sul, da Cidade do México tem um hotel bem curioso. O Tubo Hotel fica dentro de uma horta orgânica da Vila de Tepoztián, em Morelos, e oferece enormes tubos de concretos para seus hóspedes vivenciarem uma noite singular.
O quarto-tubo é equipado com uma cama queen size, luz, internet, oferece um generoso espaço embaixo da cama para guardar as malas e permite regular a temperatura do ambiente. A diária para duas pessoas custa $500 pesos.
Confira algumas imagens:
Se você ficou com vontade de conhecer esse hotel único, mas pensou: e o banheiro? Não se preocupe, próximos aos tubos existe uma cabine com lavados e chuveiros individuais, água quente e tudo mais. Eles só não disponibilizam shampoo, tolhas e itens assim. Tem que levar de casa.

Projeto pretende usar impressora 3D para contrução de um prédio inteiro


A impressão em 3D está chegando a níveis bem interessantes, com a construção de cada vez mais modelos tridimensionais com muita facilidade. Mas um inusitado projeto assinado por um arquiteto holandês pretende superar tudo o que foi realizado até hoje com esta tecnologia. A ideia dele é criar um prédio inteiro somente utilizando uma impressora 3D.Projeto mostra ideia do prédio feito em 3D (Foto: Reprodução/CNET)Projeto mostra ideia do prédio feito em 3D (Foto: Reprodução/CNET)Janjaap Rujssenaars vem trabalhando no projeto “Landscape House”, que seria um tipo de prédio em formato de “8″ (ilustrado na foto acima) com “pisos que viram tetos, dentro e fora”, segundo o site oficial do arquiteto. Estimado entre US$ 5 e US$ 6 milhões (R$ 10 e R$ 12 milhões), o primeiro prédio deve ficar pronto até 2014 – e pode vir para o Brasil.“Gostaríamos de fazer um por país. Um rapaz que mora em um parque nacional no Brasil gostaria de um para exibir a arte nativa que eles acharam no parque”, comentou Janjaap, em entrevista à BBC.Para transformar esta ideia nem um pouco comum em realidade, ele está trabalhando com um especialista em impressão 3D, Enrico Dini. Usando uma poderosa impressora 3D industrial, que usa areia e um outro material especial, eles pretendem criar blocos de materiais mais fortes até do que cimento.“A impressão 3D é incrível. Para mim, como um arquiteto, está sendo ótimo fazer este design específico. Não há começo e nem fim com uma impressora 3D e podemos fazê-la mostrar justamente isso. Em uma construção tradicional, é preciso usar madeira e encher de concreto para depois tirar a madeira. É um gasto sem necessidade de tempo e energia. Agora, você pode imprimir o que quiser, de uma forma mais direta”, completou.Fonte: http://news.cnet.com/8301-11386_3-57565073-76/3d-printer-to-carve-out-worlds-first-full-size-building/

A chance de ver Saturno, pela primeira vez em 7 anos


Saturn

Segundo o site da Missão Solstício da Cassini, o sol vai iluminar por detrás o Saturno em 19 de julho, o que lhe permite ver claramente os anéis do planeta, fotografá-los e observar as mudanças ao longo dos últimos sete anos, quando Saturno foi fotografado pela última vez.
O posicionamento dos planetas em relação ao sol também permitirá uma foto clara da Terra a partir de 1,4 mi quilômetros de distância. Esta foto da Terra será apenas o terceiro de seu tipo na história das viagens espaciais dos EUA. A primeira foi tirada da Voyager em 1990, de 6,4 mi de quilômetros de distância, o segundo de Cassini em 2006, das 926 mi de quilômetros.
NASA postou instruções em seu site acenando para Saturno em 19 de julho. Uma vez que a imagem da Terra será pequena, a NASA está incentivando as pessoas a capturar as suas próprias fotos de Saturno e enviá-las, que eles irão compilar todas e postar em seu site.
NASA está promovendo Wave at Saturn com um grupo Flickr, página do evento no Facebook e Twitter com a  hashtag #waveatsaturn.
A  sessão de captura vista da Terra está prevista para durar cerca de 15 minutos, com início às 05:27 ET em 19 de julho. Assista ao vídeo do Mashable abaixo para mais detalhes.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Criado capacete de proteção para ocupantes de carros


A Universidade de Adelaide, na Austrália, criou um capacete que não é orientado para os ciclistas nem motociclistas, mas sim para os condutores de automóveis. Em vista está a proteção da cabeça de quem, em acidentes rodoviários, está no interior dos carros.
Uma quantidade significativa dos ferimentos ao nível da cabeça é causada por acidentes de carro. Os ocupantes dos automóveis têm uma taxa de internação anual de cerca de 90 em cada 100 mil indivíduos – dos condutores internados no hospital, a lesão mais grave é, geralmente, justamente na zona cabeça.
Usando este novo capacete, a cabeça fica menos exposta a pancadas graves com componentes do carro ou com objetos exteriores a ele. Foram realizados testes que revelaram o sucesso que teria nos condutores e ocupantes dos veículos a opção por este tipo de proteção, que preveniria significativamente os ferimentos mais comuns.
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Os resultados da terceira fase de testes com o dispositivo revelaram mesmo que ele poderia reduzir em 25% os danos que envolvem impactos com a cabeça. O protótipo cobre 44% dos pontos de impacto geralmente mais expostos e susceptíveis a lesões.
Copenhagenize aponta, para já, dois efeitos positivos na adoção do capacete: o registo de menos lesões entre os ocupantes do carro e a sensibilização dos condutores acerca dos perigos inerentes à condução e, talvez assim, encorajamento a opções de transporte mais seguras.
Os pesquisadores defendem que a investigação em torno do assunto deve ser uma aposta, de modo a ser criado um dispositivo com a força e durabilidade indicadas para o seu desenvolvimento em larga escala. Testar o protótipo em diferentes estruturas de veículos e faixas de velocidades também deve ser uma prioridade.

Fonte: http://www.engenhariae.com.br/curiosidades/criado-capacete-de-protecao-para-ocupantes-de-carros/

terça-feira, 25 de junho de 2013

Empresa lança satélites para popularizar internet rápida e barata



satelite
Os quatro primeiros satélites da rede O3b, que tem o objetivo de oferecer uma conexão de internet de alta velocidade e com bom preço para 3 bilhões de pessoas em 180 países do mundo, serão lançados nesta segunda-feira da Guiana Francesa a bordo de um foguete Soyuz.
O3b é a abreviação de "Other 3 billion", os "outros três bilhões" de habitantes do planeta que, por falta de infraestrutura, ainda não têm acesso rápido e fácil à internet, como nos países ricos.
A ideia surgiu em 2007 da mente do americano Greg Wyler, fundador da O3b Networks, quando este pioneiro das redes de telefonia de terceira geração (3G) estava em Ruanda e não podia se conectar por causa das infraestruturas deficientes do país.
Apesar disso, "os moradores desses países estão desejando ter acesso à internet, a demanda existe, trata-se de um problema de custo", explicava em 2008, durante visita a Paris, onde lançou oficialmente seu projeto.
Para solucionar o problema, Greg Wyler teve a ideia de evitar as caras infraestruturas por terra, como fibra óptica ou cabo, e colocar em órbita ao redor do Equador uma constelação de pequenos satélites que servem de repetidores entre os usuários da internet em todo o mundo e que só precisam de antenas parabólicas.
A órbita ao redor do Equador permite cobrir uma área de 45 graus ao norte e 45 graus ao sul, ou seja, uma região que inclui toda a África, quase toda a América Latina, o sudeste asiático, a Austrália e a Oceania, onde há muitos países sem infraestrutura suficiente para garantir uma boa conexão à rede.
Embora os satélites geoestacionários já proporcionem este tipo de serviço, seu custo de exploração e o preço final para o usuário ainda são muito altos.
Além disso, os satélites "clássicos" ficam a 36 mil km de altitude, são muito grandes, precisam de muita potência para emitir e os dados demoram às vezes mais de meio segundo para ir e voltar à Terra. É o contrário dos satélites O3b, projetados pela Thales Alenia Space, e que estarão situados a 8.062 km. Além disso, são menores (650 quilos contra as 4 a 6 toneladas dos geoestacionários) e se comunicam com a Terra quatro vezes mais rápido.
A logo prazo, a velocidade da internet que oferecerão será "comparável em volume e em tempo de resposta à fibra óptica", assegura a Arianespace, que porá os quatro primeiros satélites em órbita.
Cada satélite tem 12 antenas móveis que permitem apontar para pontos precisos em função da demanda de conexão e cobrem áreas com centenas de quilômetros quadrados, assim como os satélites de observação da Terra.
O sinal que emitem é da gama de frequências Ka, que tem uma grande amplitude de banda e pode ser facilmente captado com antenas parabólicas muito pequenas.
Convencidos da rentabilidade da ideia de Greg Wyler, grandes grupos internacionais investiram no projeto, como Google, Liberty Global - líder dos operadores internacionais de cabo -, o operador de satélites SES, o banco HSBC ou o banco de desenvolvimento da África do Sul.
Os quatro primeiros satélites da rede O3b serão lançados esta segunda-feira por um foguete Soyuz do centro espacial da Guiana Francesa às 15H53 de Brasília. Os dois primeiros se separarão do foguete russo horas depois do lançamento e os dois últimos, 22 minutos depois.
Outros quatro satélites serão lançados mais adiante para completar a rede e a médio prazo serão enviados outros 16, informou a O3b Networks.

O Uso de Concreto Permeável na Pavimentação


O concreto permeável ou poroso é a última etapa de um sistema de drenagem. Tecnologia ainda incipiente no Brasil, o material vem sendo adotado por construtores para atender ao que as legislações municipais pedem em relação à infiltração e permeabilidade na pavimentação de terrenos. Isso porque o concreto permeável permite que a água das chuvas passe através dele e seja armazenada nas camadas inferiores, base e sub-base, até ser conduzida ao lençol freático por meio do subleito ou então levada ao sistema de drenagem da cidade. Sem perder espaço de pavimentação, tem-se uma área pronta para absorver precipitações, evitando enchentes e realimentando o aquífero subterrâneo.
A principal diferença entre o concreto convencional e o poroso é o índice de vazios deste último. Enquanto o concreto convencional é compacto e tem propriedades que o fazem enrijecer ao longo do tempo, tornando-o mais resistente, a característica do permeável é outra. Ele é feito a partir de material granular quase todo do mesmo tamanho, com a mesma granulometria. “O uso do mesmo tamanho de agregado cria vazios, porque eles não conseguem ser preenchidos”, explica Afonso Virgiliis, engenheiro da secretaria de infraestrutura urbana e obras de São Paulo que tem mestrado em pavimentos permeáveis pela Universidade de São Paulo (USP). Um pouco de areia grossa, nada de fina, também permite que haja um bom volume de vazios.
A quantidade de pedra, areia, cimento e água vai variar de acordo com a resistência que se busca ter no concreto. Quanto maior a resistência que se procura, menor será a permeabilidade. Para se ter mais permeabilidade, é preciso um maior volume de vazios e, portanto, haverá menos resistência. Por isso, há limitações na aplicação do sistema de drenagem com concreto permeável. Ele é mais indicado para locais de menor solicitação de carga, onde a resistência é menos exigida, como ciclovias, quadras poliesportivas e estacionamentos – a restrição de carga é para tráfego leve.
As peças prémoldadas são aplicadas sobre base e sub-base com pedras de no máximo 3/8″ de diâmetro e uma camada de 10 cm a 15 cm de britas
Por outro lado, é preciso tomar cuidado com o local onde o projeto será instalado, como adverte Mariana Marchioni, coordenadora do projeto Pavimento Permeável na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Deve-se verificar se não é uma área com risco de contaminação, já que a água infiltra para o solo, e nem uma região onde costuma ocorrer enchentes.
Vantagens do concreto permeável
 Proteção do sistema de drenagem;
 Pode ser usado como via para pedestres, estacionamento, ciclovia, piso de quadras poliesportivas;
 Ajuda a diminuir enxurradas e enchentes;
 Possibilita a reutilização da água da chuva;
 Realimenta o aquífero subterrâneo;
 Atua como filtro, impedindo que impurezas e metais pesados atinjam o lençol freático;
 Permite melhor aproveitamento de terrenos;
 Pode ser usado como zona de transição em barragens, junto aos maciços rochosos.
Como funciona 
A função permeabilizante do concreto permeável não funciona se ele não estiver associado à base e sub-base granular. A água da chuva desce pelo concreto poroso e precisa ser armazenada na estrutura granular, que deve ser de pedras ou britas com grande volume de vazios. Depois que a chuva para, a água que ficou armazenada nos vazios pode seguir dois caminhos: ou vai para o subsolo, quando o subleito é propício para promover esse caminho até o aquífero, ou pode ir para um sistema de drenagem. Aí ela segue para os bueiros e bocas de lobo da cidade ou fica em piscinas de armazenagem ou reservatórios, a partir de onde pode ser reutilizada em espaços sanitários ou jardins.
As normas americanas dizem que, quando o solo é propício, em 72 horas a água armazenada é absorvida e lançada no aquífero. Se o subsolo é compacto e impermeável (argiloso, por exemplo), no entanto, a água que fica na base e na sub-base não consegue ir rapidamente para o lençol freático e fica acumulada no reservatório granular. Nesse caso, as camadas de pedra da estrutura podem encher e transbordar pela superfície, voltando para cima do concreto poroso.
Por isso, a recomendação é fazer o cálculo para a espessura do projeto baseado em duas premissas: a própria resistência do concreto e a quantidade de chuva, e o cálculo hidrológico, com referência a uma chuva de exceção que aconteça em um intervalo de 10, 25, 50 ou 100 anos. Em São Paulo a normatização para microdrenagem tem como base períodos de retorno de dez anos. Nesse cenário, a construção de um sistema de drenagem fica dentro da margem de segurança.
A base e a sub-base são executadas em um dégradé de gradação, com as pedras de no máximo 3/8″ de diâmetro. Primeiro as pedras maiores, depois as pedras menores, por último pedrisco. Faz-se uma camada de 10 cm a 15 cm de britas, por onde passa o rolo compactador vibratório, e mais outra camada. Grandes profundidades não são necessárias à instalação da estrutura. “O pavimento ganha na área, armazena água como um piscinão. Rasinho, mas um piscinão”, explica Virgiliis, que experimentou o sistema de drenagem com blocos intertravados de concreto poroso em um projeto de estacionamento construído na USP. O concreto tem que ser aplicado com cuidado, não podendo ser jogado nem alisado, e deve ficar rugoso. Também não pode ser desempenado, para não fechar as possibilidades de a água entrar.
Concreto poroso, moldado in loco ou em peças pré-moldadas, é indicado para locais de carga reduzida e tráfego leve. Nas fotos, estacionamento na sede do Environmental Protection Agency (EPA), em New Jersey, nos Estados Unidos
Índices de referência
A execução do sistema de drenagem abaixo do concreto permeável envolve uma camada única com pedras maiores e menores em dégradé, ou brita graduada. Não precisa ser uma estrutura muito profunda, já que a capacidade de guardar água se ganha na área do reservatório, que é extensa. Veja os principais índices de desempenho do sistema:
 Índice de vazios: na ordem de 20%, no máximo 25% (o concreto convencional possui 4% de vazios);
 Ângulo máximo da rampa: 18%, conforme estudo conduzido pela Universidade São Judas. A partir daí, há escorregamento de massa na hora da aplicação e pouca capacidade de absorção porque a água escorre. Se o método utilizado for o concreto permeável em blocos pré-moldados, o ângulo possível é de 20% a 25%;
 Permeabilidade: mais de 70% da chuva consegue ser escoada;
 Resistência do bloco intertravado de concreto poroso: de 25 MPa a 30 MPa;
 Custo: R$ 155/m² (pavimento para calçada que tenha uma camada com pedras maiores e menores)
Pisos drenantes e colmatação 
Os pavimentos permeáveis foram bastante estudados na década de 1970 nos Estados Unidos como uma forma de evitar aquaplanagem, reduzir ruído, ofuscamento do farol dos carros e efeito de spray – mas acabaram abandonados. Depois ressurgiram junto aos problemas de hidráulica, na esteira da recarga dos aquíferos e como solução complementar de drenagem, não para transportes.
No final dos anos 1990 e início dos 2000, o concreto permeável reapareceu como uma tecnologia para ajudar na drenagem das cidades, retendo a água na fonte, impedindo-a de correr para córregos e reduzindo enchentes. Os países onde essa solução está mais disseminada são EUA, França e Japão, entre outros. “Todo esse negócio é muito recente, demora muito para que as coisas cheguem. É novo até nos Estados Unidos”, ressalva Arcindo Vaquero y Mayor, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc).
Independentemente do revestimento, pavimentos permeáveis são aqueles que permitem a infiltração de água. O concreto permeável ou poroso, especificamente, pode ser produzido de duas formas: moldado in loco ou em peças pré-moldadas. Virgiliis aconselha cuidado na hora da aplicação em ambos os métodos. Se for a massa jogada em cima da base granular, a regularização pode ser feita com régua. Se forem blocos, eles não devem ser colocados em disposição aleatória, a fim de terem resistência a deformações e não possuírem irregularidades longitudinais.
O sistema pode durar até dez anos com a parte estrutural íntegra, mas é preciso tomar cuidado com a colmatação, o entupimento das camadas superiores por sujeira. Estudos indicam que nos primeiros dois anos, a tendência é o concreto poroso perder 50% da capacidade de permeabilização, e continuar perdendo o resto gradativamente até fechar sete anos, quando os vazios estariam entupidos na superfície. No caso de concreto permeável moldado in loco, a manutenção é feita com a retirada de 3 cm ou 4 cm da camada mais externa, que é substituída por uma nova. Se o sistema for de blocos, as opções são trocar os blocos por novos ou arrancá-los cuidadosamente e trocá-los de lado. A face externa vira para a estrutura interna e é como se fosse criada uma retrolavagem.
Devido à granulometria, as peças de concreto permeável, que são o método mais fácil de ser visto em uso no Brasil, são mais caras do que as convencionais. O sistema inteiro de pavimentação chega a custar 35% a mais. Mariana, da ABCP, alerta, porém, que o custo de cada projeto deve ser pensado levando em conta que o concreto permeável tem a função de pavimento e também drenagem. Além disso, em boa parte das vezes ele é utilizado para adequar o projeto à legislação, respeitando a permeabilização exigida pelos órgãos públicos.
No detalhe ilustrativo, solução de pavimentação de concreto poroso com drenagem da água infiltrada por tubulação
EspecificaçãoQuem quiser especificar o sistema de drenagem com concreto permeável deve fazer primeiro um orçamento-base, indicando quantos metros quadrados de pavimento drenante terá a obra, quantos centímetros terá cada camada, quanto de material cada metro quadrado terá e qual será a composição. Virgiliis explica que a prefeitura paulistana está trabalhando em uma norma, a ITS 003/2012, que ajudará os técnicos a fazerem os cálculos da parte hidráulica, de tráfego e das camadas em relação ao concreto permeável. Será a primeira normativa do tipo no País, prevista para sair no Diário Oficial nos próximos meses. “Ainda não tem especificação. O pessoal trabalha empiricamente, até para fazer licitação é difícil. Agora, quando sair a norma, talvez melhore”, comenta o engenheiro, que também é professor no Centro Tecnológico de Hidráulica da USP e na Universidade São Judas. Por enquanto, a presença do concreto permeável no Brasil é tímida, com iniciativas isoladas em estacionamentos de shoppings centers e condomínios.
Quem já usou
Em 2009, uma pesquisa na USP levou à construção de um estacionamento de 1.600 m² dividido em dois: de um lado foi feito um sistema de drenagem com asfalto permeável, camada porosa de atrito (CPA), e do outro foram usados blocos intertravados de concreto poroso. Os blocos permeáveis absorviam a maior parte da água, mas o rejunte usado para unir as peças também tinha propriedades drenantes. O projeto foi patrocinado pela Prefeitura de São Paulo, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, em conjunto com o Centro Tecnológico de Hidráulica da USP, e foi tema da dissertação de mestrado de Afonso Virgiliis. “Está lá até hoje. Os dados continuam sendo coletados; e o concreto poroso está dando alguns probleminhas de colmatação”, explica o engenheiro. Para o experimento da USP, localizada em uma região onde chove bastante, os pesquisadores identificaram um valor máximo de altura de chuva equivalente a 62 mm. As camadas de base e sub-base foram feitas com 35 cm, como margem de segurança.

Engenheira roda mundo construindo pontes em comunidades carentes


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Ter uma ponte para atravessar um rio a pé é item de primeira necessidade para milhares de comunidades ao redor do mundo. Em locais onde andar é parte essencial da vida, não ter essa simples obra de engenharia deixa a população isolada durante alguns meses do ano – nas épocas de cheia, atravessar muitos rios pode ser fatal, limitando o acesso a escolas, médicos, mercados, além do contato com o mundo. Para tentar sanar essa necessidade, a engenheira americana Avery Bang viaja o mundo construindo pontes para pedestres com a organização Bridges to Prosperity (Pontes para a Prosperidade).
Avery começou a trabalhar com a B2P, como é conhecida a organização, em 2006, após voltar de um intercâmbio em Fiji. Na época, ela era estudante de engenharia na Universidade de Iowa e quis estudar fora em um país que fosse diferente dos EUA.
“Eu queria muito ir para algum lugar onde a qualidade de vida e as coisas que as pessoas valorizassem fossem diferentes dos valores das pessoas dos países ocidentais desenvolvidos”, conta. “Eu venho de um local muito privilegiado, uma família normal americana, e em Fiji as pessoas que são mais pobres vivem da mesma maneira como há 500 anos. É um tipo de existência completamente diferente. Mesmo assim, senti que, apesar de todos os privilégios que temos nos EUA, as pessoas em Fiji eram talvez mais felizes.”
No país, ela visitou uma pequena vila na qual uma ponte para pedestres havia acabado de ser construída, mudando a realidade da população. “De repente, eles tiveram acesso durante o ano todo às escolas, aos serviços de saúde, aos mercados. Quando voltei para os EUA, falei: ‘quero construir pontes’.”
e2A construção nunca foi uma desconhecida na vida de Avery – seu pai também fez engenharia e trabalhava com a construção de pontes no Meio Oeste dos EUA. Visitar canteiros de obras fez parte dos fins de semana e feriados de sua infância. Ao voltar de Fiji, começou a procurar uma organização que promovesse esse trabalho. “Percebi que a única organização no mundo que tinha um foco global na infraestrutura de pontes para pedestres era a B2P.”
Durante dois anos, ela participou de projetos individuais enquanto terminava seus estudos. Seu primeiro projeto foi no Peru, onde participou da construção de uma ponte suspensa de 30 metros. “Foi um projeto bem pequeno e simples. Mas dois adolescentes haviam morrido um ano antes naquela região tentando atravessar o rio.”
Em 2008, Avery tornou-se a primeira funcionária em tempo integral da organização nos EUA, com o cargo de diretora de operações. Desde então, a organização cresceu 10 vezes – atualmente, ela é diretora executiva e principal rosto da B2P.
Até agora, cerca de 110 pontes foram concluídas em 17 países, principalmente na África e na América Central (também há projetos na Ásia e na América do Sul). Tudo isso com uma estrutura enxuta – atualmente são 16 funcionários fixos, distribuídos em seis países. O número de pessoas que trabalha em projetos individuais, entretanto, é bem maior – apenas no ano passado 350 pessoas foram enviadas para projetos ao redor do mundo.
Apesar de coordenar as operações, Avery continua viajando – ela estima passar cerca de quatro meses por ano na estrada, e em 2013 já foi para Nicarágua, Panamá, Ruanda e Tanzânia. “Já fui a 46 países com a B2P. Realmente tem sido uma experiência incrível.”
e3Orçamento
Segundo dados da organização, a construção de uma ponte em uma comunidade que antes dependia da natureza para se locomover aumenta em 18% a frequência das crianças nas escolas, em 24% o acesso a tratamentos de saúde, em 18% o número de mulheres empregadas, além de gerar um incremento de 15% no comércio local.
Para um impacto tão grande, o custo é relativamente pequeno – Avery estima que cada projeto custe, em média, US$ 25 mil – incluindo transporte, material e serviços de engenharia. O grupo prioriza o uso de mão de obra e materiais locais. Para isso, a comunidade escolhida deve ter interesse na construção e disponibilidade para ajudar.
Quando entrou na B2P, o orçamento anual da organização era de cerca de US$ 150 mil por ano. Para 2013, o orçamento já chegou a quase US$ 2 milhões. O dinheiro é obtido principalmente por meio de doações da indústria de engenharia. “Por meio de programas de responsabilidade social, as empresas nos ajudam enviando pessoal, dinheiro, às vezes experiência tecnológica. Também conseguimos parte do nosso dinheiro de pessoas que gostam do trabalho e resolvem fazer uma doação individual”, explica.
Isso permite que cada vez mais pontes sejam construídas – enquanto nos primeiros anos a organização construía de três a quatro pontes por ano, apenas nos cinco primeiros meses deste ano 31 projetos já foram iniciados.
e4Escolha das comunidades
A B2P tem princípios rígidos para a escolha dos países e comunidades nos quais fará seu trabalho. Os países são escolhidos com base no Rural Access Index, um índice do Banco Mundial que avalia o nível de isolamento da população.
“Tentamos trabalhar em países onde o índice é maior, mas também tem que casar com nossa habilidade para ajudar as pessoas. Em zonas de guerra, por exemplo, há demandas muito maiores do que a construção de pontes para pedestres. Então as pessoas não vão estar tão dispostas e interessadas em aprender a como construir estas pontes. Mas se formos a um local que tem um pouco mais infraestrutura, mais desenvolvimento em áreas urbanizadas, na maior parte das vezes há mais interesse”, explica Avery.
O interesse é fator fundamental para a escolha das comunidades. Elas precisam pedir a construção da ponte e estar dispostas a colaborar com mão de obra voluntária e material. “Nós recebemos muito mais pedidos do que poderemos construir um dia”, conta Avery. Apenas na Bolívia, a B2P fez em 2012 um trabalho de pesquisa em 47 locais com demanda – mas apenas cinco deles tiveram pontes construídas.
“Há algumas limitações tecnológicas, mas na maior parte das vezes o impedimento tem relação com a questão econômica, e a vontade da comunidade de colaborar”, explica. Por isso, uma comunidade que necessita de uma ponte, mas tem como prioridade a construção de um mercado, por exemplo, será desqualificada. “Eles têm que focar em conseguir primeiro o mercado, e nós vamos construir em outro lugar onde a comunidade prioriza a ponte.”
Origens e futuro
A B2P foi fundada por Ken Frantz, dono de uma construtora, em 2001. O primeiro projeto foi a recuperação de uma ponte no Rio Nilo Azul, na Etiópia, que precisou ser reparada novamente em 2006. A estrutura, entretanto, voltou a se deteriorar devido às cheias cada vez maiores do rio, e em 2009 foi preciso construir uma ponte totalmente nova – um projeto do qual Avery participou e que ela considera um dos mais marcantes de sua carreira.
“Era um vão de 100 metros, passei semanas dormindo em uma tenda para ajudar a construir a ponte. Tive muita honra em liderar aquele projeto. Estimamos que ele forneceu acesso para 10 mil pessoas”, relembra.
e5Atualmente, a organização tem convênio com diversas universidades, não apenas nos Estados Unidos, mas também nos países em que desenvolve projetos. O foco agora, segundo Avery, é disseminar o conhecimento para que mais pontes possam ser construídas.
“Estamos tentando tirar o foco de nós mesmos e pensar em como podemos treinar pessoas ao redor do mundo para construir estas pontes de baixo custo. Se eu posso construir 100 pontes, como faço para que sejam construídas mil? Queremos investir em treinamento, capacitação, descobrir como podemos deixar o conhecimento e a expertise para que o trabalho seja feito sem que estejamos lá”, explica Avery. Por isso, a organização prioriza trabalhar em países com um pouco mais de estrutura – ter estudantes de engenharia dispostos a continuar o trabalho é essencial.
A engenheira, que já recebeu diversos prêmios e reconhecimentos por seu trabalho, aconselha quem tem o desejo de fazer algo parecido a seguir seus instintos. “Eu sempre fui muito inspirada pelas pontes, sempre foi algo que fazia sentido para mim. Eu não precisei que alguém me convencesse ou dissesse para mim porque as pontes são importantes. É algo que já estava na minha alma. Então eu não me acomodei, sempre procurei algo que me deixasse empolgada, e não tive medo de começar pequeno. Basta achar algo que você goste de fazer.”
Fonte: G1

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Máquina transforma lixo em materiais de construção no Paraná


O professor aposentado Eudaldo Oliveira, de 64 anos, criou em Londrina, no norte do Paraná, uma máquina que pode transformar lixo em materiais de construção. O projeto, ainda em testes, pretende ajudar a solucionar o problema dos aterros sanitários na cidade.
Ex-professor de geografia, ele conta que o projeto nasceu há 20 anos. Primeiramente, Eudaldo diz que conseguiu produzir uma cola, através da quebra de polietileno, que é capaz de grudar a terra. Para que o projeto desse certo, ele utilizou materiais como pneus velhos, isopor e plástico não reciclável. Depois, construiu um modelo da máquina que está sendo testada no centro de tratamento de resíduos de Londrina.
De acordo com o ex-professor, com cinco toneladas de lixo é possível fazer 5.000 tijolos. O objetivo do projeto é criar um Sistema Integrado de Resíduos (SIR) que deve, no prazo de três anos, dar destino correto para todo o lixo produzido no município. A cidade produz uma média diária de 600 toneladas de lixo.
Funcionamento
O processo passa por quatro etapas. Primeiro, o lixo é colocado em uma esteira, onde são separados os materiais que podem ser reciclados de outra forma (como plástico, metal, papel), daqueles que não poderiam ser reaproveitados com os métodos tradicionais. Depois, o lixo não reciclável é triturado, podendo ser ainda misturado a restos de materiais de construção.
Após essa etapa, é acrescentada a cola, que faz a mistura virar uma massa homogênea. Por fim, a massa passa por um molde, onde é transformada em tijolos, telhas, pisos, vigas e outros materiais, que ficam prontos para utilização após passar por um tempo de secagem ao sol.
“Esses produtos são mais resistentes e duráveis que os convencionais feitos de barro e madeira, pois aguentam melhor o sol e a chuva”, afirma Oliveira.
Os testes foram realizados no laboratório da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em outros laboratórios credenciados pela Embrapa Soja.  Segundo o professor, a cola já está patenteada, mas ainda não tem um nome.
Projeto em prática
Eudaldo informou que empresas e prefeituras de outras cidades já mostraram interesse na cola e no projeto da máquina. Porém, ele explica que sua intenção é apenas mostrar a possibilidade de acabar com o problema do lixo. “Se for um bom exemplo, já vale muito a pena. É preciso que as pessoas se conscientizem. Temos que achar meios de acabar com a contaminação através dos aterros”.
Segundo estudos da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, responsável também pelo tratamento de resíduos da cidade, o investimento indicado pelo professor para utilização da máquina em definitivo pode ser de aproximadamente de R$ 6 milhões. A prefeitura ainda busca uma parceria com a iniciativa privada para implantar a novidade e fazer parte do projeto chamado Lixo Zero, apresentado no dia 9 na Câmara Municipal.
Fonte: G1

Maior hidrelétrica do mundo será construída na África



africaA hidrelétrica Inga, que será construída na República Democrática do Congo, terá uma capacidade de geração de eletricidade duas vezes maior do que a maior hidrelétrica do mundo atualmente, a usina de Três de Gargantas, na China.
Hidrelétrica sem barragem
Mas, além da potência, ela terá uma vantagem imbatível: a hidrelétrica será construída sem a necessidade de construir uma represa.
Isso será possível porque, nas chamadas Cataratas Inga, cerca de 42.000 metros cúbicos de água por segundo descem uma sucessão de corredeiras única na Terra.
Assim, as turbinas da usina de 40 GW serão acionadas pelo próprio fluxo normal do rio Congo, sem represa, sem terras inundadas e sem desalojamento da população.
Aliás, assim que foi anunciado, o projeto já recebeu inúmeras críticas porque, segundo algumas organizações não-governamentais, não irá beneficiar a população do Congo: metade da energia será usada nas minas de cobre do país, cujo metal é exportado para o primeiro mundo, e a outra metade será comprada pela África do Sul.
Segundo seus defensores, com a instalação da infraestrutura adequada de transmissão, a energia gerada na usina de Inga poderá abastecer a Nigéria, o Egito e até a Europa.
O Banco Mundial, que está financiando o projeto, não vê sentido na polêmica, afirmando em nota que a usina vai “catalisar benefícios de larga escala para melhorar o acesso aos serviços de infraestrutura na África.
Segundo o Banco, a usina de Inga terá um dos custos de energia mais baixos do mundo, de cerca de US$0,02/kWh.
As obras deverão começar em 2015.
O projeto, conhecido como Grande Inga, usará a água em vários pontos do Rio Congo, sem precisar fazer represas.