segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cientistas encontram água em asteroide e isso pode indicar possível vida fora do Sistema Solar

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A presença de água nos vestígios de um asteroide flagrado pelo telescópio Hubble, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), sugere que outros sistemas planetários abriguem diversos planetas com atmosfera similar à da Terra.
A descoberta de astrônomos das universidades britânicas de Cambridge e Warwick foi publicada nesta quinta-feira (10) na revista Science.
Os vestígios do asteroide orbitavam da anã branca GD 61, uma estrela que está no ciclo final de existência, e continham grande quantidade de água, sugerindo que a estrela viria de um sistema planetário com planetas semelhantes à Terra – portanto, com potencial para abrigar vida como conhecemos.
Essa é a primeira vez que água e corpo rochoso são achados juntos em um ponto além do Sistema Solar. Os dois itens são tidos como “ingredientes-chave” para planetas com potencial para abrigar vida, destaca o estudo.
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A composição do asteroide encontrado era de 26% de massa d’água. Estima-se que ele venha de um sistema planetário distante 150 anos-luz do ponto em que a estrela foi encontrada. Já a água que ele transportava, dizem os cientistas, aponta que ele seria parte de um planeta já extinto, com pelo menos 90 quilômetros de diâmetro. Esse planeta teria orbitado a GD 61 por volta de 200 milhões de anos atrás.
Para os pesquisadores envolvidos no estudo, essa é a primeira “evidência concreta” de que existam planetas ricos em água para além do Sistema Solar.
“A descoberta de água em um asteróide do tamanho do encontrado significa que planetas habitáveis existiram e talvez ainda existam tanto no sistema da estrela GD 61 como nos de outras estrelas”, diz, na divulgação do estudo, o cientista Jay Farihi, de Cambridge.
Para ele, o asteroide encontrado dá pistas de que o número de planetas semelhantes à Terra seja grande.
“Esses blocos de rocha e os planetas que eles um dia formaram podem ser até comuns, já que um sistema não cria asteróides sem criar também planetas. Definitivamente há potencial para que no sistema do qual vem esse asteróide existam planetas habitáveis”, resume o pesquisador.

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