quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A temperatura global aumentará 3,6°C em longo prazo se nada for feito, bem acima da meta de 2ºC em nível internacional

96431E2AB29FF79413A65F27A184ED_h430_w562_m2_q80_cQYNErcqhVocê já viu aqui mesmo no Engenharia é: que o Brasil tem menor emissão de gases do efeito estufa em 20 anos, porém em um relatório divulgado nesta terça-feira (12) pela Agência Internacional de Energia (AIE) a temperatura global aumentará 3,6°C em longo prazo, a menos que os governos revisem seus objetivos para combater as mudanças climáticas.
No cenário traçado pela AIE, a agência de energia dos países desenvolvidos, as emissões de gases do efeito estufa relacionados com a energia, e que representam cerca de dois terços das emissões totais, aumentarão em 20% até 2035, se implementadas as metas atuais anunciadas pelos Estados.
“Este cenário leva em conta o impacto das medidas anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência energética, apoiar as energias renováveis , reduzir os subsídios aos combustíveis fósseis e, em alguns casos, definir um preço para o CO2″, explica a AIE em seu relatório anual apresentado em Londres.
A agência alerta que o aumento de 20% destas emissões “energéticas” (causadas principalmente pela queima de carvão e petróleo, mas também de gás) “colocará o planeta em um caminho coerente de um aumento médio da temperatura em longo prazo de 3,6°C, bem acima da meta de 2ºC em nível internacional“.
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A agência também publicou nesta terça suas previsões para o consumo mundial de petróleo até 2035, quando serão consumidos cerca de 101 milhões de barris por dia (mbd), um aumento de cerca de 14 mbd em um quarto de século. Isso significaria um consumo de 16,1 bilhões de litros de petróleo por dia.
No que se refere ao carvão, o mais poluente, mas que continua a ser a principal fonte de energia dos dois países mais populosos (China e Índia), a AIE prevê um aumento no consumo de 17% até 2035 (dois terços desse aumento ocorreria antes de 2020).
A razão é que o carvão continua a ser mais barato do que o gás em muitas regiões do mundo e, portanto, “as opções políticas na China” sobre esta questão serão fundamentais, ressalta a AIE.
Por sua vez, a produção de energia nuclear aumentará em dois terços, “impulsionada pela China, Coreia do Sul, Índia e Rússia”.
Apesar deste panorama desolador, a agência prevê um desenvolvimento significativo das energias renováveis , especialmente a energia elétrica, e prevê que em 2035 este tipo de energia será responsável por 30% do total consumido.
No relatório, a AIE cita quatro pistas para melhorar a “competitividade da energia“, mas sem afetar negativamente o crescimento econômico: melhorar a eficiência energética, limitar usinas a carvão ineficientes, minimizar as emissões de metano de petróleo e gás e reformar os sistemas de subsídios às energia fóssil, o que em alguns países deprimem artificialmente os preços.

Fonte: http://www.engenhariae.com.br/meio-ambiente/a-temperatura-global-aumentara-36c-em-longo-prazo-se-nada-for-feito-bem-acima-da-meta-de-2oc-em-nivel-internacional/

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