segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Brasileira fica em segundo lugar do Electrolux Design Lab com impressora 3D de comida

Design-Lab-Electrolux
Com uma impressora 3D para as crianças produzirem sua própria comida, a brasileira Luiza Silva conquistou recentemente o segundo lugar na competição mundial da Electrolux Design Lab 2013, que reúne grandes nomes do design mundial. O projeto Atomium não tem previsão de lançamento e renderá a Luiza um prêmio de 3.000 euros (cerca de R$ 9.000).
A ideia da Atomium surgiu da dificuldade em dar comida às crianças, considerando principalmente alternativas saudáveis. “A impressora 3D seria um modo seguro e divertido de a criança participar do processo de produção e se alimentar”, resume a estudante de design industrial de 24 anos, que nasceu em Florianópolis, cursa faculdade em Curitiba e está atualmente fazendo um intercâmbio na Coreia do Sul, onde ficará até fevereiro do ano que vem.
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Com o uso de pesquisas de campo e estudos já divulgados, Luiza desenvolveu um sistema baseado em 20 moléculas extraídas de alimentos (proteína, ferro, fibra, carboidrato e sódio, por exemplo) – elas equivaleriam à “tinta” da impressora.
“Imagine desmaterializar a comida em sua base, que são as moléculas, e reestruturá-las de maneiras diferentes. Seria possível criar uma gama muito grande de alimentos diferentes”, explicou Luiza.
A carne (ou macarrão, arroz, feijão…) desmaterializada daria origem a essas moléculas, que seriam novamente misturadas com base nos dados médicos dos usuários. O produto final, desta forma, teria uma quantidade “personalizada” de cada molécula (com mais ou menos ferro).
A personalização também estaria presente no formato do alimento “impresso”. A criança forneceria um desenho à máquina, e a tal mistura de moléculas sairia com o visual desejado e sabor semelhante ao do alimento original. Na prática, poderia ser um bife mais nutritivo e com forma de carrinho.
Os comandos, explica Luiza, seriam dados diretamente na impressora, da forma mais simples e intuitiva. “A ideia de mostrar o desenho à máquina, falar com ela e ‘cutucá-la’ para ligar são passos simples que seguem o comportamento das crianças”, afirmou.
A estudante acredita ser uma questão de tempo até que as impressoras 3D de comida sejam comercializadas, pois alternativas mais simples (para produzir objetos de plástico, por exemplo) já estão disponíveis. Luiza não ainda não tem um produto desse tipo, mas se diz entusiasta da tecnologia. “Sou designer e adoraria concretizar, de uma maneira eficaz e rápida, ideias e conceitos para testá-los e vê-los em terceira dimensão.”
Ficaria mais fácil de alimentar seu filho? Deixe-nos saber nos comentários.

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