quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ancestrais humanos não se dedicavam a guerras

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Em vários filmes ou contos mitológicos são contadas histórias de homens lutando bravamente em nome de sua família ou país, exércitos lutando de corpo e alma em prol de um ideal. Após vários dias de luta e perdas inimagináveis vem a glória; e por fim reencontra sua família. Em caso de derrota, o exército lutou bravamente e com honra do início ao fim, e a morte foi mais honrosa do que a vitória de seu inimigo. Lindo não? Quem já assistiu filmes como 300 ou Tróia, por exemplo, sabe do que estou falando. Mas essas histórias talvez não sejam exatamente assim nos tempos primórdios.
De acordo com uma nova pesquisa desenvolvidas por cientistas finlandeses, sugere-se que a guerra não fazia parte da natureza humana, pelo contrário, quando os homens estão reunidos em pequenos bandos de caçadores-coletoras (considerado o modelo mais antigo de comportamento humano), esse grupos raramente se envolviam em algum tipo de conflito. Com dados divulgados à revista Science, os nossos ancestrais matavam uns ao outros principalmente por motivos pessoais. As grandes guerras que estamos familiarizados a escutar vieram somente depois, conforme os seres humanos foram criando sociedades mais complexas.
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Os pesquisadores analisaram os tipos de assassinatos que eram cometidos entre os caçadores-coletoras. Como não havia como estudar grupos que viveram há milhares de anos, os cientistas começaram a estudar um banco de dados que reúne informações sobre 186 sociedades de caçadoras-coletoras que sobreviveram até o século 20. Escolhendo 21 sociedades aleatoriamente, os pesquisadores se depararam com 148 mortes violentas, sendo uma pequena parte delas causada por guerras.
Segundo os pesquisadores, a maioria das mortes podem ser creditadas como homicídios comuns, causadas por disputas pessoais em vez de grupais. Ao menos 55% dos assassinados haviam sido causados de forma isolada, com apenas um assassino e uma vítima. Contudo, mais de dois terços de todas as mortes puderam ser atribuídas a brigas entre famílias, competições por parceiros sexuais, acidentes ou execuções decididas pelo grupo, como punições por roubo, por exemplo.
Cerca de um terço de todas as mortes aconteceram por causa de disputas entre membros de grupos diferentes, o que pode ser considerado como guerra. Mas três quartos dessas mortes foram causadas por membros do povo Tiwi, um grupo particularmente violento da Austrália.
Com esse estudo, os pesquisadores sugerem que a guerra não está enraizada no comportamento humano, nem no DNA ou no sangue, mas sim adotado após o advento da agricultura, indo no caminho oposto ao que se sugeria até então, em que se acreditava que os dias de hoje era o mais pacífico.
E aí, acha que os dias de hoje são os mais pacíficos?

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